domingo, 13 de dezembro de 2009

Redacção do Relatório de auto-avaliação da BE

Como qualquer trabalho escrito de avaliação, é necessário que o relatório de auto-avaliação da BE seja o mais claro e objectivo quanto possível de forma a obter o resultado mais aproximado da realidade e permitir introduzir as alterações mais eficazes ao planeamento.

Assim, é necessário:

distinguir enunciados descritivos de enunciados avaliativos;

distinguir enunciados gerais de enunciados específicos;

Enunciados descritivos são aqueles que apresentam a realidade sem apreciações sobre os resultados, sem referência ao valor da acção ou processo em causa.

Enunciados avaliativos são aqueles que fazem apreciações baseadas na análise da informação relevante e evidências e incluem, normalmente, a explicação das consequências ou implicações das acções ou processos.

Enunciados gerais são aqueles que são demasiados abrangentes, correspondem a acções irrealistas e de difícil concretização num curto espaço de tempo.

Enunciados específicos são aqueles que são passíveis de concretizar, correspondem a acções realistas e alcançáveis num prazo determinado.

Esta tarefa é de difícil execução! Quando nos envolvemos na redacção do relatório, o trabalho é de tal forma intenso que se torna deveras complexo ter em consideração todas estas premissas. Isto não significa que não se deva procurar esta objectividade, até porque estabelecer metas credíveis e acções exequíveis significa a consolidação dos sucessos obtidos e a garantia da obtenção de novos sucessos.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Relação entre a auto-avaliação da BE e a avaliação externa da escola

Partindo do pressuposto de que o Plano de Acção da BE se cruza com o Projecto Educativo da Escola, que as metas da BE se concretizam nas metas da escola, que a missão da BE reforça a missão da escola, estarão encontradas as verdadeiras premissas para uma relação de complementaridade entre a auto-avaliação das BE e a avaliação externa da escola.

A partir daqui é necessário definir o processo metodológico de inclusão da BE nessa avaliação.

Primeiro é necessário divulgar, junto das direcções das escolas bem como das equipas de auto-avaliação das mesmas, o relatório final da auto-avaliação da BE (com as respectivas indicações para a avaliação externa das escolas, por domínio de intervenção da BE) para fazer constar nos documentos a enviar à IGE (Campos de Análise).

De seguida é importante fazer constar nos documentos de preparação dos painéis com a IGE (Domínios de Avaliação) o contributo da BE para os mesmos.

Finalmente, é de todo obrigatório incluir a representação do coordenador da BE no painel com a IGE relativo às estruturas pedagógicas da escola.

Mesmo assim, será que seguindo todo este processo o relatório de avaliação externa da escola (da IGE) conseguirá atribuir à BE o verdadeiro papel que esta desempenha no actual quadro de implementação do seu Modelo de Auto-avaliação?

domingo, 29 de novembro de 2009

Metodologias de operacionalização do modelo de auto-avaliação das BE

Quais os instrumentos de recolha de evidências mais adequados?

Como retirar desses instrumentos as evidências que melhor dão conta do trabalho realizado?

Como obter o nível X ou Y a partir da relação factores críticos de sucesso/evidências recolhidas dos instrumentos aplicados?

Que acções de melhoria deveremos propor a partir dos resultados atingidos?

Estas tarefas afiguram-se difíceis na implementação do modelo.

Os instrumentos deverão o mais diversificados quanto possível: desde a documentação que pode ser recolhida, aos questionários que se podem aplicar, à utilização de listas de verificação e de fichas de observação, até à realização de entrevistas, organização de grupos de foco ou mesmo estudos de caso.

Na análise dos dados retirados dos instrumentos, é preciso que as evidências recolhidas constituam enunciados avaliativos e não descritivos.

Para obter um nível X é preciso que esses enunciados tenham correspondência em pelo menos 75% relativamente à descrição do item de avaliação em causa.

As acções de melhoria propostas deverão constituir-se como verdadeiras metodologias, operacionalizáveis e exequíveis a implementar no ano lectivo subsequente.

domingo, 22 de novembro de 2009

Plano de Avaliação da BE








Avaliar as BE para quê, porquê e o quê?
Para quê? Para estabelecer prioridades; para estabelecer um plano orçamental; para tornar os serviços mais eficazes; para melhorar o apoio aos utilizadores.
Porquê? Porque possibilita a percepção do impacto das BE no processo de ensino-aprendizagem; porque permite às BE cumprir a sua missão; porque contribui para a melhoria contínua das BE; porque aproxima a avaliação das BE da avaliação da escola.
O quê? Os Imputs, os processos, os outputs e os outcomes (impactos).
Plano de Avaliação: Problema/diagnóstico; Definição do Plano de acção; Identificação do objecto da avaliação; Tipo de avaliação de medida a empreender; Métodos e instrumentos a utilizar; Intervenientes; Calendarização; Planificação da recolha e tratamento de dados; Análise e comunicação da informação; Limitações; Levantamento de necessidades e reconstrução do plano de acção.
A avaliação deverá ser quantitativa e qualitativa, devendo utilizar os métodos mais diversificados de recolha de informação para se poder compreender reacções e sentimentos, atitudes de aprendizagem, mudanças operadas nas aprendizagens e desempenhos dos utilizadores das BE.

domingo, 15 de novembro de 2009

A auto-avaliação das BE na escola

O processo de auto-avaliação das BE implica o envolvimento de toda a escola. Se não for um processo integrado não tem hipótese de vingar.
Para que a escola se envolva é necessário esclarecê-la sobre o que vai acontecer, fazê-la participar na construção de todos os domínios: no apoio ao desenvolvimento curricular; na leitura e literacias; nos projectos, parcerias e actividades de abertura à comunidade e na gestão; ouvi-la através da aplicação dos instrumentos de recolha e devolver-lhe os resultados finais para reflexão conjunta. Só assim se garantirá o reconhecimento do seu papel na escola, bem como se garantirá que as suas práticas são efectivamente sustentáveis.
Por outro lado, a avaliação das BE deverá integrar de forma concreta a própria avaliação da escola, no documento a enviar para a IGE e na participação nos painéis de auscultação deste organismo. Até porque a missão, objectivos e projectos da BE deverão corresponder aos da escola.

domingo, 8 de novembro de 2009

Análise crítica ao Modelo de Auto-avaliação

O Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares é um instrumento pedagógico e de melhoria contínua, pois permite aproximar a estratégia das BE à da escola, contribuindo para o sucesso educativo. Os principais conceitos implicados são os de: valor, missão, avaliação evidência.
A existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas escolares reveste de uma grande pertinência e actualidade. Permite redimensionar a acção das BE na escola, fazendo cumprir a sua missão e adequar a escola à sociedade da informação e do conhecimento.
O modelo de auto-avaliação das BE parte do diagnóstico da BE para a identificação de problemas (pontos fracos). Elabora-se um Plano de Acção consentâneo com os problemas identificados (Como fazemos? e com quem fazemos?). Parte-se para a recolha de evidências que são interpretadas e avaliadas. Procuram-se extrair conclusões que orientem ou reestruturem o plano de acção futuro, procurando assim melhorar o impacto do seu desenvolvimento (por que fazemos assim?).
É um modelo adequado à nossa realidade escolar com adequações específicas para cada estabelecimento de ensino. Os principais constrangimentos são o alto nível de exigência do modelo, situando-se o nível 4 num patamar quase inacessível; a distância a que os principais colaboradores, os professores, se encontram, em conhecimento e acção, relativamente a estes novos contextos (sociedade do conhecimento) e conceitos de aprendizagem (aluno construtor do próprio conhecimento), bem como o desfasamento do modelo, face à avaliação institucional, por esta se centrar essencialmente nos Imputs educativos externos ao processo de ensino-aprendizagem (o que a escola oferece: espaço, equipamentos, segurança e acolhimento dos alunos).
Na integração/aplicação do modelo à realidade da(s) escola(s) é necessário o envolvimento de todos: na ligação ao planeamento da(s) escola(s); na avaliação interna e externa da escola; nos resultados esperados.
O professor bibliotecário deve: ser comunicador; ser proactivo; saber exercer influência; ser útil, relevante e considerado; ser observador e investigador; ver o todo; saber estabelecer prioridades; fazer abordagens construtivas aos problemas e à realidade; ser gestor de serviços de aprendizagem; saber gerir recursos; ser promotor de serviços e de recursos; ser tutor, professor e avaliador de recursos; saber gerir e avaliar; saber trabalhar colaborativamente. Estas competências podem agrupar-se em dois grupos: profissionais (educação, informação e gestão) e pessoais (comunicação e liderança).

domingo, 1 de novembro de 2009

A Biblioteca Escolar no contexto de Mudança


A sociedade do século XXI, sociedade da informação e do conhecimento, propõe novos desafios à escola: mudança de uma perspectiva cognitivista para o modelo construtivista. As BE, enquanto centro de recursos, também veêm o seu papel alterado, passando a ser centros para recursos de aprendizagem e investigação em processos de inovação docente. Cabe à equipa da BE a criação de um ambiente de aprendizagem onde se passe da Informação ao Conhecimento.
Esta equipa deverá possuir conhecimento e experiência. Conhecimento em teoria da aprendizagem e métodos pedagógicos e experiência em desenhos curriculares sobre Literacia da Informação. Deverá possuir competências de Informação, em Biblioteconomia e em Tecnologias da Informação e Comunicação. Deverá promover um trabalho colaborativo com o restante corpo docente da escola no âmbito das Literacias e da Leitura.
Para que o trabalho desenvolvido seja válido, será necessário uma auto-avaliação constante, a partir de evidências que comprovem essa validade.
Seria necessário um modelo de auto-avaliação de escolas que pudesse cruzar os seus resultados com os resultados das sua(s) BE.